segunda-feira, 12 de março de 2012

Mantic Ritual – Executioner


Mantic Ritual – Executioner
Ano: 2009
Origem: EUA
Estilo: Thrash Metal

Esta é a nova safra de bandas de Thrash Metal que tem surgido nos últimos 3 anos. Após passar anos em baixa, o Thrash voltou com força total com o retorno ao sucessos de bandas consagradas como Death Angel, Exodus e Testament. E agora temos uma nova geração de bandas, que se baseiam aos som dos anos 80. O que pode ocorrer um pequeno problema nos dias de hoje. Muitas dessas bandas acabam meio que sendo “cópia” de tudo que já foi feito. E o Mantic Ritual é uma delas.

A banda executa um Thrashão Old School, com muita energia, Guitarras velozes e com um vocal bem interessante, bem característico do estilo. Para os admiradores irão gostar muito deste full-length, pois parece que foi gravado na década passada na Bay Area, e só hoje que esta sendo lançado. O Saudosismo é tanto, que até em vinil o álbum foi lançado.

Para repetir esse mesmo som vai ser difícil, pois metade da banda saiu após o lançamento do álbum, sendo o Dan Wetmore (Vocal/Guitarra) e o Adam Haritan (Baterista). Na formação atual hoje, contam com Dave Watson (Vocal/Guitarra), Jeff Potts (Guitarra) e Bem Mottsman(Baixo).


Dan Wetmore (Vocal/Guitarra); Jeff Potts (Guitarra); Bem Mottsman(Baixo); Adam Haritan (Baterista);

Eles bebem da fonte de Metallica (Kill’em All), Megadeth (Killing My Business) e Exodus (Bonded By Blood). Vi que muita gente falando que a banda não passa de uma cópia, plagiando as bandas acima citadas, porém eu vejo que os caras pegaram todas essas influencias e tentaram dar a sua cara, dentro da proposta da musica da banda.

Se falta em inovação ou originalidade, é compensado com garra e velocidade. O Som é calcado em guitarras inspiradas, utilizando todos os recursos do Thrash Metal com extremo bom gosto. O disco é bem homogêneo, com faixas fortes. Vale destacar as seguintes faixas:

Black Tar Sin – Faixa pra deixar o pescoço doendo de tanto Bangear. Riff matador nessa faixa, que tem uma quebrada no meio dela, onde aparece um breve bumbo duplo, que dá uma bela cadenciada.

Death And Destruction – Inicio bem interessante que me fez lembrar as guitarras de Mercyful Fate. Grande faixa. A estrutura da faixa parece com Hit The Lights do Metallica.

Souls – Pancadaria do inicio ao fim. Riffs bem trabalhados, com varias viradas, onde não tem como ficar com o pescoço parado. Animado pra bater cabeça.

Por ser o primeiro lançamento da banda e até mesmo por estar pouco tempo que estão juntos (A banda foi formada em 2008), creio que vale o voto de confiança, e principalmente um acompanhamento para os próximos lançamentos.

Nota: 7,5

Faixas:
01 – One by One [03:56]
02 – Executioner [04:35]
03 – Black Tar Sin [07:01]
04 – Death and Destruction [04:11]
05 – Murdered to Death [05:41]
06 – Souls [07:14]
07 – Panic [04:29]
08 – Double the Blood [05:50]
09 – Thrashatonement [02:50]
10 – By the Cemetery [03:11]
11 – Next Attack [04:43]

Metallica – Death Magnetic


Metallica – Death Magnetic
Ano – 2008
Origem – Estados Unidos
Estilo – Thrash Metal/Modern Rock/Metal

Uma das manias que mais vemos nos fãs de Rock/Metal é poder malhar bandas consagradas que não consegue lançar um material que seja digno a sua discografia. E o principal alvo para esses comentários é o Metallica. Após o grande sucesso que obteve com o Black Álbum, apostaram em alguns álbuns bem fracos, sendo que chegaram ao fundo do poço com St. Anger. É um péssimo disco, com musicas fracas. E o que falar daquela baterias parecendo latas de tintas?

Dizer que Death Magnetic é o melhor álbum desde o Black Álbum não é nenhum exagero, pois se compararmos aos medianos Load/Reload e o fraco St. Anger, vamos ver que não temos muitos pontos a comparar. Não dava pra entender o que acontecia com o Metallica, pois os executavam grandes shows, com uma boa pegada, mas nos álbuns não conseguiam canalizar essa energia.

Quando assisti o documentário Some Kind Of Monster, que mostra os bastidores da produção do St. Anger, já tinha desistido da banda, achando que a banda iria para o limbo total. Creio que a maior parte dos fãs teve o mesmo sentimento. A exposição negativa que tiveram nos últimos tempos (Guerra contra Napster, James internado por alcoolismo), a guerra de egos entre James e Lars, só mostrava que a banda estava em declínio. Mas Creio que tudo isso fez a coisas entrar nos trilhos. O Death Magnetic cumpre bem o seu papel, de mostrar que ainda sabe fazer boa musica, e que tem muita lenha pra queimar.


Lars Ulrich (Bateria); Kirk Hammett (Guitarra); Robert Trujillo (Baixo); James Hetfield (Vocal e Guitarra);

O álbum conta com 10 faixas, sendo uma delas instrumental. Temos faixas bem longas, algumas na maioria beirando os 8 minutos. Apresenta temas com pegada bem Thrash, com peso e solos, belos solos. Kirk Hammet volta em grande forma com grandes solos, após muitas criticas em não ter solos no St. Anger. A banda esta bem afiada, e o entrosamento entre Ulrich e Trujillo esta ainda melhor.

A produção ficou por conta do Rick Rubin, um dos maiores produtores musicas na atualidade, onde já produziu álbuns de Slayer, System Of A Down, Audioslave, Red Hot Chilli Peppers, entre outros, e de artista pops como Shakira, Justin Timberlake. Bagagem e conhecimento o cara tem de sobra.

Vamos aos destaques do álbum:

Broken, Beat & Scarred – Ótima atuação do James no vocal. Essa tem um refrão agressivo, e fácil de gravar.

The Day That Never comes – Foi à música de trabalho. E foi uma muito bem escolhida, pois é a mais variada dentro do disco. Sua primeira parte é melancólica, com um refrão bem melódico. Já a segunda parte é só instrumental, e com ótima atuação da dupla Hammett e Hetfield. Rola até um duelo no solo.

All Nightmare Long – Para muitos, é a melhor faixa do álbum. Realmente, bela introdução, riffs bem interessante, e um refrão marcante. Novamente vale destacar as guitarras, que arrebentam na faixa.

Suicide & Redemption – Faixa instrumental, com várias mudanças em seu andamento. Tem ótimos riffs e solos. Impossível não se empolgar com os solos a partir de 4:28, que tem melodia muito bacana. Outro solo sensacional é o que começa a partir de 6:17 e só termina em 07:18. O melhor desempenho da bateria esta nessa faixa. Rola até um bumbo duplo a partir 07:27.

My Apocalypse – Uma pedrada.  Bateria seca pocando, com a guitarra arrebentando nos riffs. Vocal acelerado, com um ótimo refrão. Trashão sensacional.

Nota: 9,0

Faixas:
01 – That Was Just Your Life [07:08]
02 – The End of the Line [07:52]
03 – Broken, Beat & Scarred [06:25]
04 – The Day That Never Comes [07:56]
05 – All Nightmare Long [07:57]
06 – Cyanide [06:39]
07 – The Unforgiven III [07:46]
08 – The Judas Kiss [08:00]
09 – Suicide & Redemption [09:57]
10 – My Apocalypse [05:02]

Ragnarok – Collectors Of The King


Ragnarok – Collectors Of The King
Ano: 2010
Origem: Noruega
Estilo: Black Metal

Iniciando este post, não posso deixar de elogiar a rica cultura nórdica. Todas as suas historias e lendas são cercadas de diversas informações, onde acaba influenciando a todos que vivem naquele País. Dentro da historia Nórdica, Ragnarok é o nome dado a  batalha que levara o fim do mundo, onde as batalhas acontecerão na região de Midgard (que neste caso, seria a Terra). Será uma treta entre deuses, gigantes e monstros, sendo que um parte terá a liderança de Odin, e do outro lado terá Loki. De acordo com mitologia nórdica, todo o universo será destruído, sem te chance de restauração. Ou seja, caos e destruição total. Para uma banda de Black Metal, o nome não poderia ter caído melhor.

Esta banda iniciou suas atividades em 1994, sendo fundada por Jontho (Bateria), Rym (Guitarra) e Jerv (Baixo). No inicio da banda, eles até apostaram a utilização de Teclados, sendo que até o Shagrath (Dimmu Borgir), tocou teclados no álbum Arising Realm. Mas os teclados foram descartados a partir de 2002, na gravação do álbum In Nomine Satanas. Em 2007 aconteceu a maior mudança na banda, tendo a saída de Rym e Jerv, juntamente com Orjan “Ulvhedin Host” Stedjeberg que assumi os vocais. Com esta formação gravaram Blackdoor Miracle em 2004.


HansFyrste (Vocals); Brigge (Guitars/Backing Vocals); DezeptiCunt (Bass); Jontho (Drums)

Com um line-up totalmente novo em 2008, partiram para gravação de Collectors of The King. A própria gravadora esta apostando muito no Ragnarok, principalmente por ele estarem voltando ao verdadeiro Black Metal Old School. Acho que devido a tantos problemas em o Estilo Black Metal, meio que ficou com o filme queimado. Principalmente pelas brigas do Gorgoroth, que teve o seu Vocalista Gaahl assumindo ser homossexual, anunciando um novo projeto de Black metal com King Ov hell, mas abandonado do nada. Enfim, aqui não é resenha do Gorgoroth, e sim do Ragnarok.

Mas citar esse problemas é importante, pois tenho acompanhado que o Black Metal esta voltando com muita força, sem ter as bandas que estão de carona no estilo só pra faturar. Lançamentos como este, o do Immortal (2009 - All Shall Fall), Enthroned (2010 – Pentagrammaton), tem tudo para levar o Black Metal a ter destaque novamente na cena metal.

Collections Of The King, contando com nove faixas, sendo que uma delas é uma intro. Normalmente eu não sou muito fã de intro, principalmente quando são longas e chatas, mas essa caiu bem no som da banda, principalmente para dar uma idéia ao som que esta por vir. Black Metal direto, veloz, no melhor estilo que é feito na Noruega. Dos álbuns antigo que conheço do Ragnarok, vejo que este se destaca, principalmente pelo som que eles conseguiram. Mesmo estando juntos a pouco tempo, você nota um som bem amarrado, com Jontho tocando muito. Creio que os novos integrantes deram um novo gás para ele. Destaque para Hansfyrste, que até este álbum eu não o conhecia, sendo que ele participa de uma outra banda, Svarttjern, que devo procurar com certeza.

Hansfyrste manda muito bem nos vocais, assumindo com extrema tranqüilidade o som do Ragnarok. Brigge segura bem nas guitarras, mas senti falta de alguns solos. Mas ele manda muito bem nos riffs. Decepticon (Transformers ? ) é mais um que esta jogando pro time,  dando base pra guitarra e bateria. Creio que a banda irá evoluir muito com essa nova formação.

Vamos as destaques:
In Honour Of Satan – Nessa faixa Jontho arrebenta na bateria. Viradas e variações, mas sempre mantendo o peso lá em cima. É uma faixa rápida, porém com um vocal até mais melodioso. E aqui temos a típica guitarra de Black metal... Impossível não se empolgar com esta faixa

Collectors Of The King – Tem um inicio mais cadenciado, que logo entrar a guitarra de Brigge, com um grande riff, e a pancadaria corre solta. Veja a parte que começa após a 1:49... isso é metal da melhor qualidade. É a melhor faixa do álbum.

The Ancient Crown Of Glory – Pancadaria total, até chegar em 1:49, onde podemos ouvir o baixão pocando e uma desacelerada, mas que  é passageiro. Novamente grande destaque para a Jontho e Hansfyrste.

Nota: 9,0

Faixas:
01 – Resurrection [00:54]
02 – Stabbed by the Horns [04:57]
03 – Burning the Earth [05:17]
04 – In Honour of Satan               [05:28]
05 – Collectors of the King [04:14]
06 – Eternal Damnation                [03:54]
07 – The Ancient Crown of Glory [04:10]
08 – May Madness Hunt You Down [05:06]
09 – Wisdom of Perfection [04:40]

Masterplan – Time To Be King


Masterplan – Time To Be King
Ano – 2010
Origem – Alemanha
Estilo – Power Metal

O Masterplan foi criado com um projeto paralelo pelo Roland Grapow e Uli Kusch, ainda na época que eram do Helloween. Mas antes mesmo da banda poder estrear, foram chutados do Helloween pelo encrenqueiro Michael Weikath, onde acusa que ambos eram preguiçosos e não estava mais interessado com o andamento da banda.

Todo esse acontecimento foi essencial para ambas as bandas, pois lançaram bons discos após toda essa confusão. Grapow chamou pessoas com influencia na cena para compor a banda. Nasceu como um projeto paralelo, mas o grande sucesso que obteve acabou que se tornando a principal banda de todos. A grande jogada foi ter recrutado o Jorn Lande, vocalista com uma vasta experiência em bandas e projetos de vários estilos, mas que ainda não havia conseguido ter reconhecimento. Ele é dono de uma voz privilegiada, mas também é conhecido pela personalidade difícil de lidar.

Já no primeiro lançamento do Masterplan em 2003, intitulado com Masterplan, obteve grande sucesso entre público e critica. Todos esperavam algo na linha do Helloween, principalmente por contar com participação de Michael Kiske em uma das faixas. Mas a banda buscou outra sonoridade, buscando influencias de hard rock de Jorn e Grapow. Com todo o reconhecimento, em 2005 foi lançado o bom Aeronautics, com boa aceitação. Entre brigas e desencontros marcaram essa época, temos a saída de Jorn e Kurch da banda. Para seus lugares são recrutados o vocalista Mike Demeo, com influencia em Hard Rock/AOR, e na Bateria o Mike Terrana (Rage, Gamma Ray, Yngwie Malmsteen), que já havia trabalhado no álbum solo de Grapow. Com esta formação lançam o bom MKII. Mais encontros e desencontros, e Jorn volta ao Masterplan. Vale ressaltar que Jorn não ficou parado, lançado vários CDs solos e de outros projetos, mas nenhum com o sucesso do Masterplan.


Mike Terrana(Bateria); Rolang Grapow (Guitarra); Jorn Lande (Vocal); Jan-Sören Eckert (Baixo); Axel Mackenrott (Teclado);

Após todas estas mudanças, lançam Time To Be King, com a melhor formação da banda até hoje. A versão normal conta com 10 faixas, sendo duas de bônus. A versão que tenho é com 11 faixas.

Parece que o período fora da banda fez muito bem para Jorn, porque o que ele ta cantando é demais. Todo o rendimento da banda esta acima da média, com ótimas performances. Também vale destacar o trabalho do Mackenrott nos teclados inspiradíssimos.

Todas as faixas são boas, e para destacar as melhores foi uma tarefa bem complicada. Mas vamos aos destaques:

Far From The End Of The World – Música acelerada, com destaques no teclado. Tem um solo bem legal do Grapow. Poderia ser mais longa.

The Dark Road – Conta com ótima Atuação do Jorn. Melodia cativante. Jorn sempre foi comparado ao David Coverdale, e nessa faixa ficam evidentes as semelhanças. Refrão pegajoso, que fica martelando na sua cabeça.

The Black One – Tem uma belo inicio com guitarra e teclados. Gosto muito da guitarra nessa musica, não esta tão à frente, mas entra com bons riffs. O destaque vai novamente para Jorn, com ótimo vocal. Pra min, a melhor faixa do álbum.

Nota: 9,5

Faixas:
01 – Fiddle of Time [04:22]
02 – Blow Your Winds [03:19]
03 – Far From the End of the World [03:34]
04 – Time to Be King [04:44]
05 – Lonely Winds of War [04:35]
06 – The Dark Road [06:22]
07 – The Sun is in Your Hands [04:27]
08 – The Black One [04:13]
09 – Blue Europa [05:08]
10 – Under the Moon [04:13]
11 – Kisses From You [02:50]

Myspace: http://www.myspace.com/masterplanmetal

Charred Walls Of The Damned – Charred Walls Of The Damned


Charred Walls Of The Damned – Charred Walls Of The Damned
Ano: 2010
Origem: EUA
Estilo: Power Metal, Thrash Metal

Essa banda é mais uma do Tim Ripper. Como esse sujeito trabalha. Podem descer o pau nele por ter participado no Judas Priest e no Iced Earth, mas não dá pra dizer que o cara não é um batalhador. Todo ano, tem pelo menos de 2 a 3 cds lançados, entre participações especiais. E eu sou suspeito de falar, porque gosto do vocal dele, e principalmente pelo álbum que gravou no Iced Earth, o duplo The Glorious Burden (Se não conhecem, ouça o segundo cd, Gettysburg).

Mesmo tendo o Ripper nos vocais, o grande destaque mesmo é da cozinha da banda. Richard Christy e Steve DiGiorgio. Os dois já tocaram juntos no Iced Earth (gravaram o Horror Show – Steve participa de algumas faixas) e no Control Denied, sendo que no Death também tocaram, mas em épocas diferentes. Foi até o momento que Christy largou a musica e virou comediante.


Tim Ripper Owens (Vocal); Richard Christy (Bateria); Steve DiGiorgio (Baixo); Jason Suecof (Guitarra);

Mas por este álbum, o cara voltou com tudo ao Metal. Charred Walls é um som que se aproxima ao que fizeram no Control Denied, claro que não contado com a genialidade de Chuch Schuldiner. Tem uma pegada Power, principalmente por causa do Ripper. Christy detona da bateria, o cara ta tocando muito, fora DiGiorgio. Esse cara é um dos melhores baixistas da atualidade, principalmente por jogar pro time. O Suecof eu não conhecia, mas do lado de tantas feras, até que segura a bronca legal.

From The Abyss – Grande Faixa, com um trabalho espetacular do Christy. O Ripper passeia com vocais limpos e mais rasgados, mostra que o gogo esta em dia. É cadenciada, mas com bastante peso. Essa faixa se assemelha com o trabalho do Control Denied.

The Darkest Eyes – Gostei dessa faixa, com inicio quase que Death Metal. Repetesse a mesma formula das faixas. Muito peso, com uma bateria forte em cima e com varias quebradas, e o Ripper arrepiando. Boa faixa.

Fear In The Sky – Faixa que encerra o álbum, e é uma das melhores. É a faixa mais longa do álbum, com 5 minutos. Tem variações dentro dela, o que torna a mais completa de todas. Destaque para Ripper, com vocal muito bem sacado.

Nota: 8,5

Faixas:
01 – Ghost Town [04:56]
02 – From The Abyss [04:25]
03 – Creating Our Machine [02:53]
04 – Blood on Wood [03:26]
05 – In A World So Cruel [03:31]
06 – Manifestations [03:06]
07 – Voices Within The Walls [03:48]
08 – The Darkest Eyes [03:37]
09 – Fear In The Sky [05:42]


Pain Of Salvation – Road Salt One


Pain Of Salvation – Road Salt One
Ano – 2010
Origem – Suécia
Estilo – Progressive Metal

Pain Of Salvation é uma banda de metal progressivo sueca, fundada em 1991 pelo seu líder e mentor Daniel Gildenlöw. Criativo e Multiinstrumentista, Gildenlöw é o tipo de pessoa que podemos considerar como gênio no meio musical, pois toda criatividade é empregado no direcionamento da banda, tornando a banda única em seu estilo. Seu talento é reconhecido por vários artistas, onde recebeu convites para integrar bandas como Transatlantic e The Flower Kings.

Hoje, a banda já goza de um grande respeito por parte da critica e fãs, com trabalhos com grande repercussão, como BE (Lançado em 2003) e Scarsick (Lançado em 2007). O som da banda é o já batido metal progressivo, mas com a inclusão de elementos de rock setentista e soul, torna o som bem atrativo e diferenciado.


Léo Margarit (Bateria); Fredrik Hermansson (Teclados); Johan Hallgren (Guitarra/Vocal); Daniel Gildenlöw (Vocal/Guitarra/Baixo);

Road Salt One foi concebido num período de turbulência da banda, onde estava para sair em turnê com o Dream Theater com o disco novo. O lançamento foi adiado após a turnê ser cancelada. Somam a tudo isto os problemas financeiros que a gravadora passou, e nesse período Gildenlöw teve nascimento de seu filho. O álbum ficou engavetado por um bom período. Ao consultar novamente todo este material, havia musicas suficientes para lançamento de um álbum duplo, mas que foram divididos no seu lançamento.

A primeira parte traz uma banda bem diversificada, investindo forte no som influenciando nos anos 60 e 70. O álbum é composto por 12 musicas, sendo que boa parte delas são versões acústicas, com a voz de Gildenlöw como guia. Da metade do álbum pra frente, as faixas apresentam mais peso, com uma pegada de Blues. Toda essa mistura de estilo tornou o som bem amplo, mesmo sendo um álbum bem emotivo, torna sua audição extremamente agradável. Outro ponto que vale destacar é a arte do álbum, que remete aos álbuns clássicos do Rainbow e Black Sabbath, fazendo uma justa homenagem. A segunda parte é prevista para sair no final deste ano, com uma pegada mais pesada.

Vamos aos destaques:

No Way – Faixa que abre o disco, não tem como não destacar. Andamento bem ”zeppeliano”, tem uma atuação magistral de Gildenlöw. Grande Faixa.

Of Dust – Parece muito com aquelas musicas que são tocadas em igreja, com muitos corais e teclados. Tem uma parte que rola uma narração, e o resultado é muito bacana. É uma faixa mais diferente do álbum, mas que encaixa bem na atmosfera proposta.

Curiosity – Uma das mais aceleradas do álbum, com um refrão bem fácil de gravar. Bem animada, e as quebradas que tem onde fica voz e baixo é sensacional.

Road Salt – Musicão, a minha preferida em todo álbum. Voz, Violão e teclado, numa melodia muito bonita, com uma letra bem bacana, onde demonstra todas as frustrações e caminhar sempre em frente. Altamente recomendado.

Nota: 9,5

Faixas:
01 – No Way [05:28]
02 – She Likes To Hide [02:57]
03 – Sisters [06:15]
04 – Of Dust [02:32]
05 – Tell Me You Don’t Know [02:42]
06 – Sleeping Under The Stars [03:35]
07 – Darkness Of Mine [04:17]
08 – Linoleum [04:55]
09 – Curiosity [03:33]
10 – Where It Hurts [04:51]
11 – Road Salt [03:00]
12 – Innocence [07:15]

Angel Of Babylon – Kingdom Of Evil



Angel Of Babylon – Kingdom Of Evil
Ano – 2010
Origem – Estados Unidos
Estilo – Heavy Metal

Esta banda vai ser sempre lembrada como a banda do Ex- Megadeth Dave Ellefson (Que já retornou ao Megadeth no ano passado) e do Kenny Earl “Rhino” Edwards, Ex-Baterista do Manowar. Por suas antigas bandas serem referencias do Thrash e Heavy Metal, podemos esperar algo parecido do Angel Of Babylon? Sim, mas com algumas ressalvas.

O Som é calcado no Metal Tradicional, com um pé dentro do Power Metal. Mas ai vai vir algum e dizer... Porra, isso é Manowar... o que até não pode ser uma mentira. O ponto que diferencia a banda, é que não tem aquele discurso de Truzão do Manowar (Alias, aquilo já perdeu a graça faz muito tempo) e o som bem mais melódico. Influencias de Savatage e Angel Dust são bem claras no som da Banda. Nessa mistura, teremos faixas que tentam ser grandiosas, com o uso de Teclados.

Ao fazer esta resenha, relacionei as faixas e vou anotando os pontos que chamam atenção. Seja um riff ou um refrão interessante, entra como base, que irá ajudar a fazer a escolha das faixas de destaque, e conseqüentemente, na nota do álbum. Mas neste álbum, as faixas são bem próximas e similares, não tem um grande destaque ou uma grande favorita. Talvez Night Magic que se encaixe como a melhor faixa.





David Fefolt (Vocal); Ethan Brosh (Guitarra); David Ellefson(Baixo); Kenny Earl “Rhino” Edwards (Bateria);

Se você gostou da banda e está preocupado com a saída de Ellefson, Pode ficar tranqüilo, pois ele não deverá fazer a parte da turnê americana, mas deverá estar disponível para a gravação de um novo álbum. Pelas entrevistas concedidas, Ellefson afirma que irá continuar participando no Angel of Babylon.

Nos destaques dos músicos, creio que toda turma esta bem coesa, só tendo um voto negativo para Rhino, pois ele esta achando que ainda esta no Manowar, e fica com frescura de descer a porrada na bateria. Esta muito econômico, com arranjos muito simples na bateria. O único momento de chamar atenção é no inicio do Álbum, em que faz um pequeno solo que nos faz lembrar o grande Richard Christy do Charred Walls Of The Damned. David Fefolt tem uma voz muito bacana e se encaixa bem no som da banda. Creio que seja o destaque da banda, mesmo vindo de bandas menos conhecidas. Ethan Brosh é um bom guitarrista e não compromete no som, e consegue executar vários solos interessantes. David Ellefson é outro que esta bem econômico, sem uma participação mais ativa.

Vamos aos destaques:

Conspiracy Theory – Começa com Rhino destruindo tudo, pra logo dar entrada da guitarra e o teclado. O Refrão é bem pegajoso, com Fefolt mandado bem. Só acho que a faixa poderia ser um pouco mais rápida.

Night Magic – Como já havia falado, é a minha faixa preferida. Faz lembrar muito de material feito pelo Angel Dust no Border Of Reality. Mais uma vez o Fefolt tem destaque nos vocais, pois segura bem nas partes mais rápidas. Atenção para o solo na metade da musica.

Kingdom Of Evil – Música que dá nome ao álbum, nem sempre é interessante, mas até que esta é boa. Tem uma introdução acústica, com violões meio no estilo de flamenco, que ficou bem legal. O vocal de Fefolt nesta faixa ficou bem parecido com os do Jeff Scott Soto. A musica é toda guiada pelo teclado, que alias, até agora ainda não conseguir descobrir quem gravou. Que souber, manda para nós pelos comentários.

Nota: 7,5

Faixas:
01 - Conspiracy Theory 03:47
02 - Apocalypse 2012 03:57
03 - Night Magic 04:06
04 - Tear Out My Heart 05:00
05 - Oh How the Mighty Have Fallen 04:12
06 - Tarot 04:46
07 - Kingdom of Evil 05:52
08 - The Remnant 02:50
09 - Angels of Babylon 03:52
10 - Second Coming 07:03


Blaze Bayley – Promise And Terror



Blaze Bayley – Promise And Terror
Ano: 2010
Origem: Inglaterra
Estilo: Heavy Metal

Tai um cara que tem o meu respeito. Talvez o vocalista mais controverso dentro do heavy metal, por ter participado do Iron Maiden, e com a difícil tarefa de substituir Bruce Dickison. Após 5 anos de parceria com Iron Maiden, onde gravou um grande disco (X-Factor) e um bem fraco (Virtual X), acabou sendo demitindo da Donzela de Ferro, devido a varias criticas devido ao fraco rendimento nas turnês, principalmente pela interpretação fraca dos antigos clássicos. Por causa desta situação aconteceu um fato curioso, em seu ultimo show no Maiden, por consciência que foi no Brasil, a banda não voltou pro Bis, por causa do Blaze não ter condições de voltar pra cantar. De certa forma, um fato muito esquisito.

E depois de varias criticas, o cara sai da banda. Sendo massacrado por todos, seja fãs ou a critica especializada, colocam como a carreira do cara com finalizada, sem chance de vida pós – Maiden. Mas juntando os pedaços, ele monta o Blaze em 99, onde lançou 4 bons álbuns, com uma boa aceitação com publico e mídia. Destes álbuns, vale ressaltar os Silicon Messiah (2000) e Blood And Belief (2004). Mas novamente, surgiram vários problemas, tendo diversas divergências com a distribuidora e Banda. Praticamente a Banda encerra as atividades.

Depois de mais essa porrada, o cara se reinventa e monta uma nova banda em 2007, agora como o seu nome. Mesmo tendo o seu nome, não se trata como um projeto solo, e sim um trabalho conjunto da banda. Com essa nova empreitada, lança quatro álbuns, e 2 DVDs, e consolida ainda mais o seu nome com um heavy metal vigoroso. Destes álbuns, vale destacar The Man Who Would Not Die, o melhor da sua carreira pós Maiden. Foi na turne deste álbum que tive a oportunidade de assistir o show deles aqui em Vitoria, com menos de 100 pessoas. Por ser um dia de semana, acabou não tendo muitas pessoas. Mesmo com um publico abaixo da expectativa, a banda teve um grande desempenho, com muita garra e qualidade.

Pra variar, a coisas pro Blaze não são fáceis. Nessa turnê, a esposa e também empresaria, com um casamento de longa data, veio a falecer em 2008. Mais uma perda e dificuldade que ele teve que passar. Um breve momento de luto, e volta ao trabalho, lançando Promisse And Terror.


Blaze Bayley (Vocal); Nicolas Bermudez (Guitarra); Jay Walsh (Guitarra); David Bermudez (Baixo); Lawrence Paterson (Drums);

Mantendo praticamente o mesmo line-up do disco anterior, Nicolas Bermudez e Jay Walsh (guitarras), David Bermudez (Baixo) e Larry Paterson (Bateria), lançam este álbum, uma seqüência natural do álbum anterior. Com grandes faixas, no melhor estilo do Blaze, aquele heavy metal Britânico direto, sem frescuras. Vale ressaltar o bom trabalho dos guitarristas, com boa participação no álbum, com solos bem legais e encaixados na estruturas da musicas. O álbum é composto por 11 faixas, que destaco:

God Of Speed – Ótima introdução, ao melhor estilo Blaze. Começa cadenciada, para dar ponte para uma seqüência muito interessante de riffs. Ótimo andamento, com bons refrões, que na primeira audição já fica gravado na memória. A minha preferida em todo o álbum.

Surrounded By Sadness – Faixa com uma forte influencia do Maiden. Uma semi balada, com peso bem legal.

The Trace Of Things That Have No Words – praticamente uma continuação da faixa anterior. Novamente destaco o trabalho dos guitarristas, com um excelente trabalho nos riffs e solos.

Álbum altamente indicado para os fãs que acompanham a carreira solo do Blaze. Por todas as dificuldades que o cara passou, ainda esta na estrada fazendo o que gosta, e principalmente com coisas de qualidade, vale o nosso respeito. E até mesmo para aquele que torcem o nariz por causa de sua passagem no Maiden, vale a pena conferir este álbum, que não irá se arrepender.

Nota: 8,0

Faixas

01 - Watching the Night Sky 03:36
02 - Madness and Sorrow 03:09
03 - 1633 06:03
04 - God of Speed 05:48
05 - City of Bones 06:26
06 - Faceless 03:46
07 - Time to Dare 05:41
08 - Surrounded by Sadness 03:59
09 - The Trace of Things That Have No Words 05:48
10 - Letting Go of the World 06:24
11 - Comfortable in Darkness 05:00