quinta-feira, 24 de maio de 2012

I – Between Two Worlds



I – Between Two Worlds
Ano: 2006
Origem: Noruega
Estilo: Heavy Metal/Black Metal

Esta banda começou como um projeto sem compromisso. Devido aos integrantes famosos, acabou tendo sucesso na Noruega, a ponto de levarem em diante a idéia de um CD. Estou falando do Abbath, Vocal e Guitarra do Immortal, Ice Dale, Guitarra do Enlasved, King, Baixo do Gorgoroth, e o amigo de longa data Armagedda, batera do Immortal.

Com a pausa que o Immortal teve em 2003, Abbath chamou alguns amigos, e começaram a tocar em bares locais como banda cover, com seu repertorio baseado nas grandes bandas de Heavy metal, em especial o Motörhead. Como o passar do tempo, surgiu à idéia de gravar um álbum.

Aqui novamente se repete a grande parceria que tinha no Immortal entre Abbath e Demonaz. Fato interessante que ambos utilizam o mesmo sobre na época do Immortal (Doom Occulta). Demonaz fundou o Immortal com Abbath em 1990, Sendo o guitarrista até 1997, cargo que teve que abandonar devido à tendinite devido graves infecções na mão direita. Demonaz abandonou as guitarras, mas não a parte criativa da banda, sendo que ficou encarregado das letras da banda. Tanto Immortal como I, são musicas criadas e escritas pela dupla Doom Occulta.

O nome da banda foi sugestão do Demonaz, que pode ser uma referencia ao Immortal, ou até mesmo como um Trabalho solo “eu”, ou como eles gostam de afirmar que é uma coluna.

Antes que levantem a questão de Satanismo, vale ressaltar que a própria dupla afirma que não falam sobre satanismo, nem mesmo o som deles é. Como é de costume de bandas oriundas da Noruega, o som baseia-se na natureza e o seu rigoroso inverno nórdico. Preferem usar a denominação Holocaust Metal ou Winter Metal. Essa aplicação serve também para a banda I, pois a temática das letras continua da mesma linha, abordando conflitos sobre batalhas e o Inverno.


TC King (Bass); Armagedda (Drums); Ice Dale (Lead Guitars); Abbath (Vocals/Rhythm Guitars)

Vamos ao álbum. Ele tem 8 faixas, com uma duração de 42 minutos. Um tanto quando curto, mas existe versão com 3 bônus track. Temos uma grande mistura de Heavy Metal com Black Metal, um som bem cativante. O álbum inicia com a The Storm I Ride, bem no estilo do Immortal, mas com cara de Heavy Metal, com influencias do Motörhead. Grande abertura, com refrão bem marcante. A segunda faixa, Warriors, lembra bastante a linha do Immortal, principalmente pelos últimos lançamentos, sendo que se encaixa bem na proposta do grupo. Continua o desfile de grandes faixas, com destaque para “Far Beyond The Quiet”, que é dedicada a Quorthon, líder do Bathory (Que faleceu em 2004). Vale destacar a influencia do Bathory a dupla Doom Occulta, fato que é sempre lembrando em entrevistas.

A banda tem varias influencias, o que não tornar um trabalho sem identidade. Vale ressaltar que foi extremamente importante para manter o pessoal na ativa, até mesmo para voltar com o Immortal. Creio que esta banda foi feita na intenção de homenagear as bandas e pessoas que os influenciaram, honrando o som pratico desenvolvido na Noruega.

Creio que com o retorno, a banda vai ficar na geladeira, mas fico na torcida para que no futuro tenha novos lançamentos. Pelo som praticado, eu gostaria de ver mais bandas como I, Chromme Division e Devian (Projeto do Legion, ex-Marduk).

Nota: 9,0

Faixas:
01 – The Storm I Ride [03:27]
02 – Warriors [05:53]
03 – Between Two Worlds [05:52]
04 – Battalions [04:46]
05 – Mountains [06:05]
06 – Days of North Winds [04:04]
07 – Far Beyond the Quiet [07:13]
08 – Cursed We Are       [05:16]
Bonus Track
09 – Bridges of Fire [07:36]
10 – Shadowed Realms (Intro) [01:31]
11 – Shadowed Realms [05:44]

Unleashed – As Yggdrasil Trembles



Unleashed – As Yggdrasil Trembles
Ano: 2010
Origem: Suécia
Estilo: Death Metal, Viking Metal

Antes de começar este post, queria deixar claro que não sou conhecedor do material do Unleashed, não conheço muito bem o material antigo deles. Falha minha, mas um erro que eu pretendo acertar o mais rápido possível. Porque esse cd que estou resenhando é muito bom. Eu comecei a ouvir a banda com o seu álbum de 2008, Hammer Battalion, que é bem legal, com ótimas musicas.

A banda foi formada em Kungsängen, sendo que dos fundadores, somente o baterista Anders Schultz continua até hoje. Logo no inicio da  historia, teve uma troca de vocalista, onde saiu Robert Sennebäck, que já participou do Dismember, para entrada de Johnny Hedlund, que assumiu também o baixo.

A banda é uma das pioneiras sobre o tema Viking, porém um é uma ligação que eles deixam de lado, pois são poucas as faixas que tem o tem abordado. Até mesmo a polemica devido ao crucifixo de cabeça pra baixo no logo, que poderia remotar para bandas satanista, fato que é negado pela banda. Sempre pregaram ser uma banda de Death metal, até mesmo querendo ser classificados como Death Metal Sueco.  Para este álbum, Anders, o Líder da Banda, diz que teve temas mais lento comparado ao álbum anterior, mas continua com a mesma pegada, com bastante peso e agressividade. Fato que já é característico da banda, pois suas apresentações ao vivo são marcadas pela intensidade e devoção ao publico.


John Hedlund (Baixo e Guitarra); Fredrik Folkare (Lead Guitar); Tomas Olsson (Rhythim Guitar); Anders Schultz (Bateria);

Mas vamos ao álbum. Contém 12 faixas (Sem contar com a Bônus track) tudo na faixa de 4 minutos, dando um de 45 minutos. O som é calcado no Death Metal, mas que podemos também pegar umas influencias de Viking Metal e Thrash. Fica impossível ouvir estas faixas e não imaginar uma grande batalha. Isso fica ainda mais evidente no vocal agressivo de Hedlund, onde passa toda sua ira. O trabalho de guitarra é muito bom, com ótimos riffs e solos. Creio que a melhor parte da influencia Viking Metal esta nas Guitarras, pois cria uma grande harmonia nos riffs, que complementa com a musica deixando o som ainda mais poderoso. Às vezes um riff trabalhado é melhor que um solo (Veja na faixa As Yggdrasil Trembles).

Creio que algumas faixas poderiam ter uma duração maior, para explorar variações e quebradas no ritmo das faixas, até mesmo pra aproveitar todo o clima de batalha e criar hinos épicos. Mas isso não compromete o álbum. Vamos às faixas de destaques:

Courage Today, Victory Tomorrow – Grande abertura. Faixa rápida, com grande peso, e refrão fácil de gravar. Impossível não se identificar com a música. Comparado com todo o disco, essa é a mais simples. Mas é uma grande faixa.

Wir Kapitulieren Niemals – Essa faixa tem o titulo em Alemão, que significa We Will Never Surrender. Bem sugestivo, não. Faixa rápida, com uma letra bem bacana. Veja a parte de “We drink to Odin, We drink to Thor, With swords drawn onward into War”, que faz ponte para um solo inspirado de Fredrik.

Master Of The Ancient Art – Tambores rufando, preparando todos para batalha... É assim que começa essa faixa.. Mesmo com um andamento mais lento, se destaca pelo peso e refrão.

Evil Dead (Bonus Track) (Death Cover) – Eles já tocam essa faixa do Death nos shows há bastante tempo. Falar do Death é chover no molhado, porque foi uma das melhores bandas de Death Metal. E este cover ficou muito bom, dando uma acelerada, e com ótimos solos.

Nota: 9,0

Faixas:
01 – Courage Today, Victory Tomorrow! [03:54]
02 – So It Begins... [03:24]
03 – As Yggdrasil Trembles [04:52]
04 – Wir kapitulieren niemals [03:26]
05 – This Time We Fight [03:02]
06 – Master of the Ancient Art [03:48]
07 – Chief Einherjar [03:41]
08 – Return Fire [04:04]
09 – Far Beyond Hell [03:18]
10 – Dead to Me [02:47]
11 – Yahweh and the Chosen Ones [03:52]
12 – Cannibalistic Epidemic Continues [04:59]
Bonus Track
13 – Evil Dead (Death Cover) [02:32]

Orphaned Land – The Never Ending Way Of OrwarriOR


Orphaned Land – The Never Ending Way Of OrwarriOR
Ano: 2010
Origem: Israel
Gênero: Middle Eastern Folk Metal

O mercado para bandas de metal é complicado, seja por dificuldades financeiras ou pela própria região estabelecida, sempre tem muitos problemas. Imaginem uma banda, em que o seu país natal é Israel, que não tem uma grande cultural de Metal. Some a isto toda rica história do país e principalmente os conflitos que são gerados pela cultura e religiões divergentes. Este é o pano de fundo para apresentar Orphaned Land, banda metal que aborda em suas letras, assuntos sobre Judaísmo, cristianismo e Islã.

Conheci a banda em 2008, época que estava conhecendo melhor os trabalhos do Opeth, e em uma busca na net, encontrei em um fórum (creio que deva ter sido no Whiplash) que indicava aos fãs do Opeth, que procurasse o material do Orphaned Land. Segui o conselho, e conheci o trabalho deles de 2004, Mabool. Desde aquele momento me tornei fã desta grande banda.

A banda conta com Kobi Farhi (Vocal), Shlomit Levi (Vocais Femininos), Matti Svatizky e Yossi Sa’aron (Guitarra e Piano), Uri Zelcha (Baixo) e Avi Diamond (Bateria). A produção e Teclados ficaram a cargo de Steve Wilson, que já produziu bandas como Porcupine Tree e Opeth.

The Never Ending Way Of OrwarriOR é um cd conceitual, que representa o guerreiro da Luz (OrwarriOR), na batalha da luz contra as trevas. O material está dividido em três partes:
Part I: Godfrey's Cordial - An ORphan's Life (Faixas 1-6)
Part II: Lips Acquire stains - The WarriOR Awakens (Faixas 7-12)
Part III: Barakah - Enlightening The Cimmerian (Faixas 13-15)


Kobi Farhi (Vocal); Shlomit Levi (Vocais Femininos); Matti Svatizky (Guitarra); Yossi Sa’aron (Guitarra e Piano); Uri Zelcha (Baixo); Avi Diamond (Bateria);


Nas entrevistas promocionais, Kobi Farhi dizia que é o som para criar harmonia entres os conflitos, um paraíso musical na terra, um tango entre Deus e Satanás. Nada mais apropriado para resumir o som desta banda. Há uma grande diversidade de influencias no som, seja Heavy metal,Progressivo, death... Tudo isso envolto com as influencias culturais de Israel.

Destaque para bela capa do cd que combina referencia de Hebraico e árabe, tentando criar uma harmonia nos conflitos entres Judeus e Mulçumanos. Tenho que destacar que a banda tem trabalhando no sentindo de unir os povos, de usar a musica como instrumento de divulgação de culturas e respeito a todos.

Bom, vamos ao material propriamente dito. O álbum é composto por 15 faixas, todas extremamente bem trabalhadas, na sua maioria passando dos 7 minutos cada. Este CD eu classificaria em um metal progressivo, com influências de música do oriente médio. O álbum conta com grandes composições, com belas melodias, grande partes de Guitarras (Veja o solo de The Warrior) e vocais bem aplicados. Na verdade, o vocal merece um destaque a parte, por toda sua qualidade (seja vocal limpo ou rasgado) e também por cantar em três línguas diferentes (Inglês, Hebraico e Árabe).

Indicar as melhores faixas é uma tarefa difícil, devido à grande diversidade de faixas. Eu destaco Sapari (Ótima abertura, bem animada), From Broken Vessels (a faixa mais completa do álbum, que apresenta toda diversidade do Orphaned land), The Warrior e New Jerusalém (Lembra muito Blackmore’s Night, com o vocal igual ao da Candence Night), entre outras.

Este álbum já esta na minha lista dos melhores de 2010.

Nota: 10

Faixas:
01 – Sapari [04:04]
02 – From Broken Vessels [07:36]
03 – Bereft In the Abyss [02:45]
04 – The Path - Treading Through Darkness [07:27]
05 – The Path, Pt. 2 - The Pilgrimage to or Shalem [07:45]
06 – Olat Ha'tamid [02:38]
07 – The Warrior [07:11]
08 – His Leaf Shall Not Wither [02:31]
09 – Disciples of the Sacred Oath, Pt. 2 [08:31]
10 – New Jerusalem [06:59]
11 – Vayehi Or [02:41]
12 – M i ? [03:27]
13 – Barakah [04:13]
14 – Codeword: Uprising [05:25]
15 – In Thy Never Ending Way (Epilogue) [05:09]

Krokus – Hoodoo


Krokus – Hoodoo
Ano: 2010
Origem: Suíça
Estilo: Heavy Metal / Hard Rock

Existe uma quantidade gigantesca de bandas interessantes pelo mundo todo. A grande maioria das vezes não terá acesso a elas. Isso ocorre muito por estarmos distante das grandes gravadoras e dos principais acontecimentos relacionamento a show e divulgação. Claro que com a chegada da internet fez esse jogo virar, e facilitou muito. Hoje, com uma divulgação básica, uma banda pode alcançar o mundo todo, principalmente se os fãs gostarem e passar a divulgar o trabalho. Toda esta historia que contei, serve de base para falarmos do Krokus. Vindo de um país sem tradição em musica pesada (alguém pode citar bandas de lá?), temos essa que é uma das bandas mais bem sucedidas em seu país, onde já passaram a marca de 360 milhões de álbuns vendidos.

Esta banda foi fundada em 1974, por Chris Von Rohr, que era o baixista e primeiro vocalista e Tommy Kiefer. O nome da banda foi retirado de uma flor que é muito comum na Europa, chamada Crocus. Em uma das viagens de Chris Von Rohr, observou essas flores pela janela do trem, e teve a idéia de batizar a banda com este nome. Disse que o nome é perfeito por ter o nome “rock” dentro de Krokus.

Sempre comparam a banda com o AC/DC, principalmente por causa da voz de Marc Storace, que soa bem familiar com a voz de Brian Johnson. Mas o AC/DC foi fundamental para a formação do som, principalmente após um show que Rohr assistiu, e decidiu mudar o estilo da banda, seguindo a linha de Riff-Rock.

No passado eles obtiveram muito sucesso, com discos de sucesso, tendo disco de platina nos Estados Unidos. Pra variar, tiveram algumas brigas internas, e teve diversas mudanças na sua formação. Desde 2002, Storace manteve a frente e mantendo o legado da banda. Em 2006, lançaram Hellraiser, um disco mais Heavy Metal, onde contava com Storace (Vocal), Dominique Favez e Mandy Meyer (Guitarras), Tony Castell (Baixo) e Stefan Schwarzmann (Bateria). O Disco foi bem recebido, tendo um grande sucesso na Europa.

Foi aí que as coisas começaram a mudar. Teve um programa especial de TV Suíça, que seria um tipo “Os maiores sucessos da Suíça”, aonde a banda iria lá e faria o Playback, bem ao estilo Top Of Pops. E a banda foi convidada para fazer um medley dos seus grandes sucessos do álbum Metal Rendez-vous. Mas com uma condição, teria que ser com a formação clássica. Ai já começou os conflitos.

Então a banda clássica foi reunida, com Storace, Freddy Steady (Bateria), Chris Von Rohr (Baixo) e Fernando Von Arb (Guitarra). A reunião foi boa para todas, conseguiram acertam os problemas pessoais e retornar com amizade. O que foi determinante para o retorno da Banda. Os antigos membros foram saindo, devido ao retorno dos antigos membros, e para fechar a formação que temos hoje, trouxeram Mark Kohler para guitarra, que já foi aluno do Von Arb.


Marc Storace (Vocal); Fernando Von Arb (Guitarra); Mark Kohler (Guitarra); Chris Von Rohr (Baixo); Freddy Steady (Bateria).

E em 2010, temos lançamento de Hoodoo, álbum de inéditas com esta nova velha formação. Se compararmos com o disco anterior, este álbum é menos heavy metal e mais hard rock, é nítida a falta de faixas mais velozes se compararmos com  Hellraiser. É um som bem trabalhado, com muita influencia de coisas antigas (tem cover de Born To Be Will de Steppenwolf), com passagens na linha do blues. A grande maioria das musicas são mais cadenciadas, com belos riffs e o vocal inspirado de Storace.

Segue os destaques:

Hoodoo Woman – É o primeiro single da banda. Tem um riff bacana, que da vontade de pegar a estrada e sair por aí arranjando confusão. O clipe chega a ser engraçado se olharmos esses jovens senhores tudo de cabelos branco. O refrão é pegajoso e bem sacado, que irá ficar na sua cabeça martelando.
Ride Into The Sun – Em Hellraiser, eles obtiveram muito sucesso com a balada Angel Of My Dreams. No álbum novo, Ride Into The Sun é que se candidata a ser a balada do disco. A música tem um andamento mais cadenciado, com vocais de Storace sendo um pouco mais soturno, dando ponte para o Refrão. E que belo riff no refrão. Tem um pequeno solo no meio pro final da faixa, o que poderia ter sido mais alto e mais longo.. Esse tipo de faixa pede para um solo maior.

In My Blood – Essa é uma das poucas que são rápidas.. Soa bem animada, com um riff que não para a nenhum momento.. Nessa faixa temos backing Vocal a la AC/DC... caiu muito bem. Nela tem o melhor solo de todo o disco. Se colocar pra rolar essa faixa, e perguntar quem ta tocando, vão falar que é o AC/DC... É o tipo de musica que da pra enganar os amigos. É a minha faixa preferida, mesmo sendo a mais parecida com o som do AC/DC... Isso não foi um fator determinante. heheheheh

Dirty Street – Rockão da melhor qualidade, musica pra tomar umas cervejas por aí...Refrão muito bacana, impossível de não ficar querendo acompanhar... Não existe coisa melhor que a malicia que o Rock provoca... Porque ouvindo essa faixa, você já pensa em farra... Mulher e cerveja. Altamente recomendado.

Nota: 9,0

Faixas:
01 – Drive It In [03:32]
02 – Hoodoo Woman [03:37]
03 – Born to Be Wild (Steppenwolf cover) [03:34]
04 – Rock 'n' Roll Handshake [03:56]
05 – Ride into the Sun [05:02]
06 – Too Hot [03:45]
07 – In My Blood [03:32]
08 – Dirty Street [04:26]
09 – Keep Me Rolling [04:11]
10 – Shot of Love [03:31]
11 – Firestar [03:42]

segunda-feira, 12 de março de 2012

Mantic Ritual – Executioner


Mantic Ritual – Executioner
Ano: 2009
Origem: EUA
Estilo: Thrash Metal

Esta é a nova safra de bandas de Thrash Metal que tem surgido nos últimos 3 anos. Após passar anos em baixa, o Thrash voltou com força total com o retorno ao sucessos de bandas consagradas como Death Angel, Exodus e Testament. E agora temos uma nova geração de bandas, que se baseiam aos som dos anos 80. O que pode ocorrer um pequeno problema nos dias de hoje. Muitas dessas bandas acabam meio que sendo “cópia” de tudo que já foi feito. E o Mantic Ritual é uma delas.

A banda executa um Thrashão Old School, com muita energia, Guitarras velozes e com um vocal bem interessante, bem característico do estilo. Para os admiradores irão gostar muito deste full-length, pois parece que foi gravado na década passada na Bay Area, e só hoje que esta sendo lançado. O Saudosismo é tanto, que até em vinil o álbum foi lançado.

Para repetir esse mesmo som vai ser difícil, pois metade da banda saiu após o lançamento do álbum, sendo o Dan Wetmore (Vocal/Guitarra) e o Adam Haritan (Baterista). Na formação atual hoje, contam com Dave Watson (Vocal/Guitarra), Jeff Potts (Guitarra) e Bem Mottsman(Baixo).


Dan Wetmore (Vocal/Guitarra); Jeff Potts (Guitarra); Bem Mottsman(Baixo); Adam Haritan (Baterista);

Eles bebem da fonte de Metallica (Kill’em All), Megadeth (Killing My Business) e Exodus (Bonded By Blood). Vi que muita gente falando que a banda não passa de uma cópia, plagiando as bandas acima citadas, porém eu vejo que os caras pegaram todas essas influencias e tentaram dar a sua cara, dentro da proposta da musica da banda.

Se falta em inovação ou originalidade, é compensado com garra e velocidade. O Som é calcado em guitarras inspiradas, utilizando todos os recursos do Thrash Metal com extremo bom gosto. O disco é bem homogêneo, com faixas fortes. Vale destacar as seguintes faixas:

Black Tar Sin – Faixa pra deixar o pescoço doendo de tanto Bangear. Riff matador nessa faixa, que tem uma quebrada no meio dela, onde aparece um breve bumbo duplo, que dá uma bela cadenciada.

Death And Destruction – Inicio bem interessante que me fez lembrar as guitarras de Mercyful Fate. Grande faixa. A estrutura da faixa parece com Hit The Lights do Metallica.

Souls – Pancadaria do inicio ao fim. Riffs bem trabalhados, com varias viradas, onde não tem como ficar com o pescoço parado. Animado pra bater cabeça.

Por ser o primeiro lançamento da banda e até mesmo por estar pouco tempo que estão juntos (A banda foi formada em 2008), creio que vale o voto de confiança, e principalmente um acompanhamento para os próximos lançamentos.

Nota: 7,5

Faixas:
01 – One by One [03:56]
02 – Executioner [04:35]
03 – Black Tar Sin [07:01]
04 – Death and Destruction [04:11]
05 – Murdered to Death [05:41]
06 – Souls [07:14]
07 – Panic [04:29]
08 – Double the Blood [05:50]
09 – Thrashatonement [02:50]
10 – By the Cemetery [03:11]
11 – Next Attack [04:43]

Metallica – Death Magnetic


Metallica – Death Magnetic
Ano – 2008
Origem – Estados Unidos
Estilo – Thrash Metal/Modern Rock/Metal

Uma das manias que mais vemos nos fãs de Rock/Metal é poder malhar bandas consagradas que não consegue lançar um material que seja digno a sua discografia. E o principal alvo para esses comentários é o Metallica. Após o grande sucesso que obteve com o Black Álbum, apostaram em alguns álbuns bem fracos, sendo que chegaram ao fundo do poço com St. Anger. É um péssimo disco, com musicas fracas. E o que falar daquela baterias parecendo latas de tintas?

Dizer que Death Magnetic é o melhor álbum desde o Black Álbum não é nenhum exagero, pois se compararmos aos medianos Load/Reload e o fraco St. Anger, vamos ver que não temos muitos pontos a comparar. Não dava pra entender o que acontecia com o Metallica, pois os executavam grandes shows, com uma boa pegada, mas nos álbuns não conseguiam canalizar essa energia.

Quando assisti o documentário Some Kind Of Monster, que mostra os bastidores da produção do St. Anger, já tinha desistido da banda, achando que a banda iria para o limbo total. Creio que a maior parte dos fãs teve o mesmo sentimento. A exposição negativa que tiveram nos últimos tempos (Guerra contra Napster, James internado por alcoolismo), a guerra de egos entre James e Lars, só mostrava que a banda estava em declínio. Mas Creio que tudo isso fez a coisas entrar nos trilhos. O Death Magnetic cumpre bem o seu papel, de mostrar que ainda sabe fazer boa musica, e que tem muita lenha pra queimar.


Lars Ulrich (Bateria); Kirk Hammett (Guitarra); Robert Trujillo (Baixo); James Hetfield (Vocal e Guitarra);

O álbum conta com 10 faixas, sendo uma delas instrumental. Temos faixas bem longas, algumas na maioria beirando os 8 minutos. Apresenta temas com pegada bem Thrash, com peso e solos, belos solos. Kirk Hammet volta em grande forma com grandes solos, após muitas criticas em não ter solos no St. Anger. A banda esta bem afiada, e o entrosamento entre Ulrich e Trujillo esta ainda melhor.

A produção ficou por conta do Rick Rubin, um dos maiores produtores musicas na atualidade, onde já produziu álbuns de Slayer, System Of A Down, Audioslave, Red Hot Chilli Peppers, entre outros, e de artista pops como Shakira, Justin Timberlake. Bagagem e conhecimento o cara tem de sobra.

Vamos aos destaques do álbum:

Broken, Beat & Scarred – Ótima atuação do James no vocal. Essa tem um refrão agressivo, e fácil de gravar.

The Day That Never comes – Foi à música de trabalho. E foi uma muito bem escolhida, pois é a mais variada dentro do disco. Sua primeira parte é melancólica, com um refrão bem melódico. Já a segunda parte é só instrumental, e com ótima atuação da dupla Hammett e Hetfield. Rola até um duelo no solo.

All Nightmare Long – Para muitos, é a melhor faixa do álbum. Realmente, bela introdução, riffs bem interessante, e um refrão marcante. Novamente vale destacar as guitarras, que arrebentam na faixa.

Suicide & Redemption – Faixa instrumental, com várias mudanças em seu andamento. Tem ótimos riffs e solos. Impossível não se empolgar com os solos a partir de 4:28, que tem melodia muito bacana. Outro solo sensacional é o que começa a partir de 6:17 e só termina em 07:18. O melhor desempenho da bateria esta nessa faixa. Rola até um bumbo duplo a partir 07:27.

My Apocalypse – Uma pedrada.  Bateria seca pocando, com a guitarra arrebentando nos riffs. Vocal acelerado, com um ótimo refrão. Trashão sensacional.

Nota: 9,0

Faixas:
01 – That Was Just Your Life [07:08]
02 – The End of the Line [07:52]
03 – Broken, Beat & Scarred [06:25]
04 – The Day That Never Comes [07:56]
05 – All Nightmare Long [07:57]
06 – Cyanide [06:39]
07 – The Unforgiven III [07:46]
08 – The Judas Kiss [08:00]
09 – Suicide & Redemption [09:57]
10 – My Apocalypse [05:02]

Ragnarok – Collectors Of The King


Ragnarok – Collectors Of The King
Ano: 2010
Origem: Noruega
Estilo: Black Metal

Iniciando este post, não posso deixar de elogiar a rica cultura nórdica. Todas as suas historias e lendas são cercadas de diversas informações, onde acaba influenciando a todos que vivem naquele País. Dentro da historia Nórdica, Ragnarok é o nome dado a  batalha que levara o fim do mundo, onde as batalhas acontecerão na região de Midgard (que neste caso, seria a Terra). Será uma treta entre deuses, gigantes e monstros, sendo que um parte terá a liderança de Odin, e do outro lado terá Loki. De acordo com mitologia nórdica, todo o universo será destruído, sem te chance de restauração. Ou seja, caos e destruição total. Para uma banda de Black Metal, o nome não poderia ter caído melhor.

Esta banda iniciou suas atividades em 1994, sendo fundada por Jontho (Bateria), Rym (Guitarra) e Jerv (Baixo). No inicio da banda, eles até apostaram a utilização de Teclados, sendo que até o Shagrath (Dimmu Borgir), tocou teclados no álbum Arising Realm. Mas os teclados foram descartados a partir de 2002, na gravação do álbum In Nomine Satanas. Em 2007 aconteceu a maior mudança na banda, tendo a saída de Rym e Jerv, juntamente com Orjan “Ulvhedin Host” Stedjeberg que assumi os vocais. Com esta formação gravaram Blackdoor Miracle em 2004.


HansFyrste (Vocals); Brigge (Guitars/Backing Vocals); DezeptiCunt (Bass); Jontho (Drums)

Com um line-up totalmente novo em 2008, partiram para gravação de Collectors of The King. A própria gravadora esta apostando muito no Ragnarok, principalmente por ele estarem voltando ao verdadeiro Black Metal Old School. Acho que devido a tantos problemas em o Estilo Black Metal, meio que ficou com o filme queimado. Principalmente pelas brigas do Gorgoroth, que teve o seu Vocalista Gaahl assumindo ser homossexual, anunciando um novo projeto de Black metal com King Ov hell, mas abandonado do nada. Enfim, aqui não é resenha do Gorgoroth, e sim do Ragnarok.

Mas citar esse problemas é importante, pois tenho acompanhado que o Black Metal esta voltando com muita força, sem ter as bandas que estão de carona no estilo só pra faturar. Lançamentos como este, o do Immortal (2009 - All Shall Fall), Enthroned (2010 – Pentagrammaton), tem tudo para levar o Black Metal a ter destaque novamente na cena metal.

Collections Of The King, contando com nove faixas, sendo que uma delas é uma intro. Normalmente eu não sou muito fã de intro, principalmente quando são longas e chatas, mas essa caiu bem no som da banda, principalmente para dar uma idéia ao som que esta por vir. Black Metal direto, veloz, no melhor estilo que é feito na Noruega. Dos álbuns antigo que conheço do Ragnarok, vejo que este se destaca, principalmente pelo som que eles conseguiram. Mesmo estando juntos a pouco tempo, você nota um som bem amarrado, com Jontho tocando muito. Creio que os novos integrantes deram um novo gás para ele. Destaque para Hansfyrste, que até este álbum eu não o conhecia, sendo que ele participa de uma outra banda, Svarttjern, que devo procurar com certeza.

Hansfyrste manda muito bem nos vocais, assumindo com extrema tranqüilidade o som do Ragnarok. Brigge segura bem nas guitarras, mas senti falta de alguns solos. Mas ele manda muito bem nos riffs. Decepticon (Transformers ? ) é mais um que esta jogando pro time,  dando base pra guitarra e bateria. Creio que a banda irá evoluir muito com essa nova formação.

Vamos as destaques:
In Honour Of Satan – Nessa faixa Jontho arrebenta na bateria. Viradas e variações, mas sempre mantendo o peso lá em cima. É uma faixa rápida, porém com um vocal até mais melodioso. E aqui temos a típica guitarra de Black metal... Impossível não se empolgar com esta faixa

Collectors Of The King – Tem um inicio mais cadenciado, que logo entrar a guitarra de Brigge, com um grande riff, e a pancadaria corre solta. Veja a parte que começa após a 1:49... isso é metal da melhor qualidade. É a melhor faixa do álbum.

The Ancient Crown Of Glory – Pancadaria total, até chegar em 1:49, onde podemos ouvir o baixão pocando e uma desacelerada, mas que  é passageiro. Novamente grande destaque para a Jontho e Hansfyrste.

Nota: 9,0

Faixas:
01 – Resurrection [00:54]
02 – Stabbed by the Horns [04:57]
03 – Burning the Earth [05:17]
04 – In Honour of Satan               [05:28]
05 – Collectors of the King [04:14]
06 – Eternal Damnation                [03:54]
07 – The Ancient Crown of Glory [04:10]
08 – May Madness Hunt You Down [05:06]
09 – Wisdom of Perfection [04:40]